Esse conto foi narrado por Gond Canto sombrio enquanto fazia uma performance de dança interpretativa na vila de Peixe Fresco.
Após 3 horas de caminhada dentro do Bosque das Brumas seguindo as margens do riacho, o
terreno começa a dar sinais de mudança: As grandes árvores de tronco retorcido dão lugar a plantas menores e mais finas com raízes mais abundantes até que o terreno, abruptamente desce e se torna uma camada lamacenta recoberta de raízes (uma espécie de mangue). Algumas
poças grandes cheias de água escura se localizam aqui e ali. O coachar dos
sapos enche toda região. Krudd, recém chegado das Planícies do Trovão guia o grupo (c ajuda de cuspe e sorte), resmungando que a umidade iria estragar a carne de porco engordurada que vem trazendo no cinto desde cedo. O resoluto Anão Barbapétrea continua a não entender o que o seu companheiro de queixo quebrado diz.
http://www.youtube.com/watch?v=CqvFrdPGNf0 (sons do pântano)
Caminhar por este emaranhado de raízes se mostra um teste de equilíbrio e paciência. Nuvens de mosquitos rodeiam e incomodam, mas uma tocha providenciada por Gond Cantosombrio afasta a maioria deles. A exploração já dura 4 horas e nenhum sinal da criatura que rastreavam ou do Capitão Cavalga grifo.
Anoitece, a escuridão e as sombras tomaram conta do Alagado e com elas a orquestra dos sapos, grilos e cigarras que habitam o local. Se antes era difícil se direcionar, agora, parece impossível, mas graças a habilidade de sobrevivência do ensebado guia o grupo consegue seguir sem se perder até dar de cara com o cadáver de um grande e decomposto grifo. Na queda quebrou muitos ossos e foi empalado por galhos menores, mas as flechas que crivaram suas asas e o machado de arremesso no seu peito são bem visíveis.
Os principais fatos observados foram:
*O corpo está aí a pelo menos 10 dias e pertencia a um cavalga grifo (armas da tropa gravados na armadura)
*As flechas e o machado são de manufatura enânica, mas o material da lâmina do machado chama atenção por ser um metal excluvivo do clã Ferro Negro.
*A algibeira do grifo, contendo itens de sobrevivência está intacta.
*Nenhum sinal de seu cavaleiro (nem mesmo rastros, mas o q se justifica pelo tempo decorrido e o terreno)
Após uma investigação minuciosa, e tiradas as devidas conclusões a caça à aberração continua seguindo até as margens de um lado no meio do alagado. Recoberto de lama e raízes, parece impossível andar por ele. Mais uma vez cuspe do guia e o bom senso dos exploradores decide por margear o lago em busca de rastros.
Minutos depois, algo chama a atenção dos rastreadores: há algumas dezenas de metros a frente, uma luz como a de uma tocha se move lentamente, (Gond apaga a sua tocha imediatamente) . Seguindo com cautela, o grupo de anões segue até uma clareira, onde se ergue uma ruína de pedra e sobre um chão de grandes blocos, um altar. O conjunto parece antiquíssimo, a raízes já tomaram conta
de sua estrutura. Uma lança jaz quebrada sobre o altar. O material de que é feita a sua ponta emana uma fraca luz alaranjada.
Após uma atrapalhada percepção de de uma presença maligna próximo ao altar. Krudd e o paladino avançam em direção a ele, enquanto o Dobrador de Rochas e Gond se esgueiram pelos lados. Porém, devido a falta de cuidado Krudd dispara uma aramadilha de lanças que saem do chão ferindo a ele e ao paladino. Resmungando, Krudd destroi as lanças e continua impassível até o altar tomando em suas mãos a lança e em seguida passando para o paladino que começa a analisa-la.
Quase que instantaneamente, uma descarga elétrica queima o flanco de Krudd que ergue seu martelo e olha para o que causou o ferimento. Uma espécie chama branca flutua bem próxima ao ombro do enlameado anão que tem a impressão de ver a sombra d um crânio em seu interior. "Um Fogo Fátuo!" pensa Gond que já avaliava o bloco de pedra par asaber se ali haveria alguma armadilha. Do outro lado, o Dobrador de Rochas fazia o mesmo já traçando sua tática de combate. A criatura ainda ataca com outra descarga o anão fedido e então faz c que sua sua chama se extingue, desaparecendo. Mas o ataque do paladino é certeiro e atinge a criatura invisível. Mas a mesma se esquiva e afasta enquanto os outros cercam a área. Segundos depois ela ressurge do outro lado, mas só para ser destruída em uma série de ataques furiosos dos anões.
Depois do combate, a área é revistada e pegadas de pelo menos 1 dia do Chuul é encontrada. A exploração recomeça mas termina às margens do perigoso lago. AS marcas são certas e recentes: a criatura entrou a menos de uma hora no lago. Depois de uma breve discussão, acordou-se que era o caminho mais certo: o lago trainçoeiro no meio da noite.
Após um incidente com um sapo venenoso, um som a frente cham a atenção. A criatura foi encontrada e agora estava abrindo caminho com suas grandes garras lago a dentro. A perseguição se inicia: o bárbaro, mais imundo do que sempre seguia junto ao relativamente limpo paladino enquanto os outros 2 furtivamente seguiam pelos flancos. A criatura se dá conta e tenta a retirada, mas é muito lenta abrindo caminho. Rapidamente, os anões se aproximam, mas 3 tiros saem do escuro, um atingindo as costas da criatura que urra.
Baragor Olhos de prata, de cima de um esconderijo improvisado já armava sua carabina de cano duplo. Estava furioso e gritava impropério: "EU LIMATO FILIOTE DI UM KOBOLD VESGO, ASSUSTOU O TINHOSO E MI FEZ ERRAR A TRABUCADA" . E foi ainda resmungando até que o famigerado caçador foi dominado pelo Dobrador de Rochas, que em segundos o deixou amarrado feito javali pro abate.
O combate se incia alguns metros a frente, a criatura usa de suas garras e de seu tamanho para evitar os ataque dos martelos guerreiros, agarrando-os e tentando paralisa-los com a secreção de seus tentáculos bucais. Porém, a fúria dos anões é maior do que a força da criatura e pouco a pouco ela vai sendo massacrada. Mas, algo no coração de Gond diz que aquilo não faz sentido, ou melhor, faz MUITO sentido. O filho desaparecido de Vanna, a pérola, a fuga da criatura teoricamente predadora... tudo se juntou na sua mente e ele gritou para a criatura aterradora a sua frente: SE VC É KRIL PEIXE FRESCO, ENTÃO PARE DE LUTAR. A criatura automaticamente se afasta baixando as garras, mas uma martelada forte de Krudd a surpreende e desacorda. Ele ainda queria destroça-la, mas o paladino e Gond o impedem tirando-o de sua fúria...
Vencida, a criatura, antes abominação começou a se desfazer e em seu lugar, restou apenas o jovem anão que ao acordar, de nada se lembrou. Supomos que de alguma forma o alagado o havia amaldiçoado. E isto fica de lição a todos que quiserem lá se aventurar. Vocês podem acabar se tornando o que mais temem: a abominação dentro de cada um.
Vencida, a criatura, antes abominação começou a se desfazer e em seu lugar, restou apenas o jovem anão que ao acordar, de nada se lembrou. Supomos que de alguma forma o alagado o havia amaldiçoado. E isto fica de lição a todos que quiserem lá se aventurar. Vocês podem acabar se tornando o que mais temem: a abominação dentro de cada um.
Ademais, só gostaria de fazer um adendo a como o "poderoso Baragor" caiu diante do medo e da irracionalidade, quase matando o jovem anão, mas sendo subjungado de joelhos pelo nosso amigo Barbapétrea. Gostaria de salientar aliás, que ele ficou parecendo uma novilha amarrada e suja de lama. Mas fugiu, assim que o libertamos. Imagino que não vá dar as caras por estas terras tão cedo.